A Sacerdotiza

                                          Lãmina 2 - A Papisa ou A Sacerdotisa.                                       1ª Parte:

                                           Nome erudito: Gnose- conhecimento.

                Esta é Ìsis e a porta do templo do conhecimento. A porta do Santuário.

A humanidade vem ao longo dos séculos, perdendo a capacidade de percepção da sutileza dos ensinamentos contidos no livro vivo da natureza. A sensibilidade cada vez mais abafada pela vida na cidade grande. A sabedoria se esconde em sua própria luz. É tudo muito simples, mais simples do que parece, porém é preciso ter olhos para ver e ouvidos para ouvir.

“Se não vos fizerdes como crianças, não alcançareis o reino dos céus”.

A simplicidade da vida, sem ilusões da matéria que provoca o ciúme, desejos, mágoas e tristezas, nada mais destrutivas para o ser humano, do que ser escravo da matéria.

O conhecimento é o fundamento da magia, se eu conheço como funciona e você não conhece exerço um poder sobre você. Portanto mantenho o conhecimento oculto para que pelo seu desconhecimento, eu mantenha o poder sobre você.

Vemos nesta lâmina, uma mulher sentada em um trono, suas vestes tem uma abertura na parte de baixo, em seu colo um livro meio encoberto por suas roupas, ela usa um véu que encobre metade do seu rosto. Em segundo plano, vemos duas colunas, uma clara outra escura, entre as colunas uma cortina esconde o interior do ambiente. Sua posição é de passividade.

Ísis é silenciosa, muda, todo o conhecimento que ela detém está sem segredo. Será preciso rasgar o véu de Ísis, conhecer a sua face, rasgar a cortina do templo para nos apoderarmos dos conhecimentos ocultos por Ísis.

No nosso universo tudo é dual. O dia e a noite, o macho e a fêmea, a luz e a treva e espírito e matéria são alguns exemplos desta dualidade.

Na criatura humana um exemplo desta dualidade é razão e emoção. Estes opostos são chamados na ciência oculta de binários, duas forças de igual tensão, em direções opostas. A dualidade mais comum no ser humano é a dúvida e uma das razões da existência humana é a tarefa de equilibrar o binário razão e emoção. Equilibrar essas duas forças em si mesmo é percorrer o caminho do meio, é desenvolver o autodomínio através do equilíbrio perfeito destas duas forças. Trilhar o caminho do meio, fácil de falar, dificílimo de fazer, pois sem determinação certamente não haverá força suficiente para sequer aproximar-se do objetivo, qualquer vacilo, distração ou descanso e todo o trabalho terá ido por água abaixo, um piscar de olhos e terá que recomeçar do primeiro passo e desta vez a tarefa será mais difícil, a cada passo em falso e o recomeço estará mais distante.